III Semana Acadêmica de Economia destaca desafios ambientais e desenvolvimento no Brasil
Entre os dias 16 e 18 de outubro, aconteceu a III Semana Acadêmica de Economia da Universidade Federal Fluminense, que abordou o tema “Desenvolvimento e Crise Ambiental: Desafios e Perspectivas para o Brasil”. O evento contou com uma programação diversa, incluindo minicursos, workshops e mesas de debates que exploraram questões como o Plano Real, racismo ambiental e políticas fiscais para a recuperação do Rio Grande do Sul.
A Semana Acadêmica foi um grande sucesso, promovendo reflexões profundas e atraindo a participação ativa de estudantes e palestrantes.
O PET ECONOMIA – UFF agradece a participação de todos!
Primeiras imagens do mapa em 3D do Universo são divulgadas
Foi divulgado pela Agência Espacial Europeia, no último dia 15 de outubro, o primeiro fragmento do mapa em 3D do nosso Universo. A imagem é composta por um mosaico de 208 gigapixels, cobrindo uma área de 132 graus quadrados – o que representa 1% do mapa quando este estiver completo. Ainda assim, essa primeira imagem já contém aproximadamente 100 milhões de estrelas e galáxias observáveis.
O mapa, formado a partir de imagens coletadas pelo telescópio espacial Euclides, tem conclusão prevista para o fim desta década. Em comparação com o famoso telescópio espacial James Webb, o Euclides possui uma área de visão maior, mas com menos profundidade. Os cientistas vinculados ao projeto acreditam que o mapa em 3D auxiliará no entendimento de fenômenos ainda pouco compreendidos, como a matéria escura e a energia escura.
Multinacionais sob investigação por formação de cartel
Alguns veículos de mídia divulgaram, no início deste mês de outubro, uma notícia significativa, mas pouco difundida. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou recentemente um processo para investigação de conduta anticompetitiva por parte de 33 empresas gigantes que atuam em solo brasileiro. Entre as empresas citadas em nota técnica estão empresas multinacionais como a IBM, General Motors, Pepsi, Coca-Cola e Nestlé. A lista completa das empresas investigadas pode ser conferida na Nota Técnica nº 5/2024 do Cade.
Entre as ações praticadas, o órgão indica que foram encontrados indícios de compartilhamento de informações sobre salários, transporte, alimentação e outros benefícios trabalhistas, além de diversos dados pessoais dos trabalhadores que trabalham ou trabalharam nas organizações. As empresas teriam utilizado o Grupo Executivo de Salários (GES) e o Grupo Executivo de Administradores de Benefícios (GEAB) para a troca de informações, buscando manter a oferta salarial no nível mais baixo possível.
Disputa política se acirra na Bolívia: Evo Morales afirma que foi vítima de atentado a tiros
O ex-presidente boliviano e atual líder do partido Movimiento Al Socialismo (MAS), Evo Morales, divulgou imagens de marcas de projéteis em seu veículo e dos ferimentos sofridos por um de seus seguranças na manhã do dia 27 deste mês. O ex-presidente afirmou ter sido vítima de um ataque a tiros realizado por agentes do Estado por ordem do próprio governo boliviano, encabeçado por seu desafeto e atual presidente da Bolívia, Luis Alberto Arce.
Em resposta, o ministro do governo, Eduardo del Castillo, afirmou no dia seguinte que os disparos haviam sido uma reação das forças policiais a um ataque por parte da segurança de Evo Morales que pretendiam evadir uma blitz de fiscalização antinarcóticos. Evo acusa o governo boliviano de buscar desviar a atenção pública do atentado contra a sua vida. Enquanto isso, ciente da escalada do conflito político entre as duas lideranças bolivianas do MAS, o Itamaraty observa a situação no país vizinho com cautela antes de se posicionar.
Reunião dos BRICS – Novos parceiros
Os BRICS representam uma parceria entre cinco grandes países com economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além de representar uma coligação econômico-financeira, o bloco também é uma cooperação em política, segurança, cultural e pessoal. Em termos de dados, os países dos BRICS possuem mais de 42% da população mundial, 30% do território do planeta, 23% do PIB global e 18% do comércio internacional, de acordo com o site do Planalto.
Recentemente foi divulgada a notícia que mais 13 países foram convidados para compor os BRICS na categoria “países parceiros”. Essa modalidade de parceria proporciona participação nos fóruns multilaterais, mas caso haja divergências, a decisão final será dos integrantes plenos. A lista de países convidados é composta por: Turquia, Indonésia, Argélia, Belarus, Cuba, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã, Nigéria e Uganda.
Dentre as propostas levantadas estão: ampla defesa de um novo sistema de pagamentos internacionais, incentivos para ampliar contratos transacionados em moedas dos países do bloco, o que pode ser um potencial desafio para a soberania do dólar. Outro ponto relevante é que esses países poderão ter acesso aos recursos do “Novo Banco de Desenvolvimento”, que ficou popularmente conhecido como “Banco dos BRICS”. Essa notícia gerou grande repercussão na mídia e para estudiosos do tema, porém esses países ainda precisam aceitar formalmente o convite proposto pela cúpula.
Da esquerda para a direita: Lula (Brasil); Xi Jinping (China); Cyril Ramaphosa (África do Sul); Narendra Modi (Índia); e o representante de Putin, Sergei Lavrov (Rússia).
Mudanças no financiamento de imóveis da Caixa atingem população mais pobre
A Caixa Econômica Federal, detentora de aproximadamente 70% do mercado de crédito imobiliário brasileiro, anunciou recentemente alterações nas regras para acesso aos financiamentos de imóveis. Agora, para imóveis de até R$1,5 milhão, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) o valor de entrada aumentará de 20% para 30%, enquanto pelo Sistema Price a entrada será elevada de 30% para 50%. Do mesmo modo, pelo SAC a Caixa financiará apenas até 70% do valor do imóvel, enquanto o regramento antigo admitia até 80% do valor em financiamento. Já pelo Price, o percentual diminui de 70% para 50% do financiamento
As mudanças entram em vigor a partir do dia 1º de Novembro, não afetando os financiamentos que já estejam em vigor. Em essência, a oferta de crédito habitacional pela Caixa deve diminuir, dificultando o acesso da população mais pobre à moradia própria. Segundo a Caixa, o aumento da demanda por imóveis e a diminuição das poupanças seriam as principais motivações dessas mudanças.