Ocorreu nesta terça-feira (30/05) uma reunião entre os líderes dos países da América do Sul em Brasília. O encontro, que surgiu a partir de convite feito pelo governo brasileiro para reaproximar as relações entre os países sul-americanos, contou com a presença dos presidentes de 11 dos 12 países – a única exceção foi o Peru, tendo sido representado pelo seu presidente do Conselho de Ministros. Um importante tema abordado durante as conversas foi a criação de uma moeda comum a ser utilizada nas transações comerciais entre os países sul-americanos, assunto que chamou atenção no início deste ano com o encontro dos presidentes do Brasil e Argentina.

     Como resultado do encontro, foi publicada a nota intitulada “Consenso de Brasília”. O pequeno texto contém 9 pontos e foca, principalmente, na defesa do regime democrático e na união entre os países. Do mesmo modo, o documento informa sobre a criação de um grupo conduzido pelos chanceleres de cada país, com a elaboração de estratégias para a integração da região. A preocupação com as mudanças climáticas também foi lembrada no texto, bem como os conflitos bélicos ocorrendo ao redor do globo.

     O governo anunciou no dia 16 de maio o fim do PPI, política de paridade de preços de importação da Petrobras, vigente desde 2016, que vinculava a precificação do combustível vendido no Brasil às flutuações do preço no mercado internacional (sem qualquer possibilidade de intervenção nesse processo). Em substituição a essa política, o comunicado informa que será considerado o “custo alternativo do cliente” e o “valor marginal para a Petrobras” para a formação do preço do insumo. Desse modo, a empresa deve levar em conta fatores internos e regionais na precificação, fato que está alinhado com a promessa de campanha de Lula, que falava em “abrasileirar os preços dos combustíveis”. Além disso, é dito que essa nova política possibilitará uma maior flexibilidade para tornar a empresa mais competitiva e disputar com outros atores no mercado brasileiro de combustíveis.

     No Dia da Indústria, 25/05, o vice-presidente e também Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, anunciou medidas para reduzir o preço de carros que custam até R$120 mil. Diante da ociosidade do setor automobilístico e o preço dos carros “populares” no Brasil – avaliados em torno de R$70 mil – serão implementados descontos entre 1,5% e 10,96% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e no PIS/COFINS (tarifas arrecadadas pela União com fins de contribuição social), que incidirão  diretamente sobre o preço final dos veículos.

     Para tanto, serão considerados três fatores: o social (desconto maior para carros mais baratos), o da eficiência energética (incentivando menor emissão de poluentes) e o de densidade industrial (priorizando as montadoras nacionais). A proposta deve passar ainda por trâmites fiscais antes de ser regulamentada.

     No início deste mês de maio, o governo federal anunciou a isenção de impostos de importação para 628 equipamentos dos quais 564 são máquinas industriais que não possuem fabricação em solo nacional, os quais deverão vir, principalmente, da Alemanha, China, Estados Unidos e Itália. Os outros 64 equipamentos são materiais de informática e telecomunicações.

     A medida, válida até o fim de 2025, foi tomada no dia 09 de maio pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior – ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo o Ministério, estima-se que os setores mais beneficiados pela medida serão o de automóveis, bens de capital, metalurgia, eletricidade e gás.

     Os economistas Juliane Furno e Pedro Rossi lançaram, no início deste ano, o seu mais novo livro, “Economia para transformação social: pequeno manual para mudar o mundo”. A obra, publicada pela editora Autonomia Literária, busca servir como uma introdução à economia, utilizando uma linguagem acessível para pessoas de fora dos estudos das ciências econômicas.

     Segundo o site da editora, o livro é dividido em quatro partes: teorias e conceitos econômicos, apresentando ferramentas úteis para a análise da realidade; um panorama da história da economia internacional desde o século XIX; a economia brasileira, bem como a proposta por um modelo econômico que englobe justiça social e sustentabilidade; por último, os autores procuram desmascarar alguns mitos econômicos.

     Vale ressaltar que, no período passado, o PET realizou uma edição do clube do livro com Juliane Furno (debatendo sua obra “Imperialismo: Uma Introdução Econômica”), contando com a presença da própria autora para debate. Já o livro “Economia Pós-Pandemia”, que contou com organização de Pedro Rossi, foi tema de um clube do livro ocorrido em 2021. As gravações de ambos os eventos podem ser assistidas através do canal do PET Economia UFF no Youtube!